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terça-feira, 7 de junho de 2011

morcegos , como vivem e os danos que causam

Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Chiroptera

A ordem Chiroptera é a segunda em número de espécies, cerca de mil identificadas e 138 delas estão presentes no Brasil. Uma característica marcante do morcego é ser o único mamífero com capacidade real de vôo. Geralmente, são considerados animais nocivos e cercados por lendas, associadas à sua aparência e hábito noturno. Estão distribuídos em 2 subordens: Megachiroptera e Microchiroptera. A primeira possui apenas 1 família e a segunda 16 famílias.



Característica comum aos quirópteros é que suas extremidades anteriores estão organizadas em braço, antebraço e mão, constituída por 1 polegar de tamanho pequeno e 4 dedos bem alongados. As extremidades posteriores também são adaptadas para o vôo. Esses membros anteriores estão interligados por uma membrana chamada patágio, com uma dupla camada de pele. O morcego Megachiroptera apresenta uma unha no segundo dedo, orelhas pequenas, simples e destituídas de trago, alguns indivíduos podem chegar a até 1,2 m de envergadura. A orientação é baseada na visão, memória e olfato. Já o Microchiroptera, não apresenta unha, as orelhas são complexas e com trago, sua capacidade de ecolocalização é bastante desenvolvida e o menor representante mede cerca de 29 cm de comprimento e o maior até 1 m de envergadura.

O morcego só não habita locais muito frios ou muito quentes, e algumas ilhas muito isoladas. Possuem hábitos crepusculares e noturnos, vivem em grupos e utilizam como abrigo cavernas, frestas em rochas, forros e sótãos, porões, edificações, folhagens e copa de árvores, construções abandonadas, vãos de dilatação de prédios, cisternas e poços. Seus hábitos alimentares variam conforme a espécie: onívoros, frugívoros, nectarívoros ou polinívoros, folívoros, ranívoros, insetívoros, carnívoros, piscívoros e, finalmente, os hematófagos.


A média de vida fica entre 20 e 30 anos. Vive em grupos, onde há um macho dominante e o restante do grupo é composto por fêmeas. Atingem a maturidade sexual por volta de 1 ano de idade. A gestação dura de 2 a 7 meses, gerando em média 1 filhote, que nasce sem pêlos ou com pelagem bastante tênue e são amamentados por 2 a 4 meses.


Ao contrário do que se pensa, a maioria dos morcegos são benéficos ao meio ambiente, ao se alimentarem podem disseminar sementes, polinizar flores e controlar populações de insetos. Os morcegos que causam algum dano ao homem são os hematófagos, pois ao sugarem o sangue da presa podem transmitir a raiva. Eles atacam os animais domésticos, e são raros os casos de ataque ao homem, quando ocorre é para defender-se. Vários estudos realizados detectaram que diversas espécies de morcegos, mesmo não sendo hematófagos, apresentam o vírus da raiva. Geralmente, os morcegos, em ambiente urbano, causam bastante medo e incômodo às pessoas, seja pelos mitos que envolvem os morcegos ou por sua aparência e hábitos. As principais espécies que ocorrem em residências são:

MORCEGO-CAUDA-DE-RATO | Família Molossidae, Molossus ater e M. molossus

Gênero Molossus M. ater M. molossus

Muito comuns, de coloração variando entre marrom e preto. Não apresentam apêndice nasal e sua cauda é livre e sem pêlos. Alimenta-se de insetos e refugia-se em telhados e sótãos. Seus abrigos são reconhecidos com facilidade, por exalarem um odor desagradável.

MORCEGO-DE-CASA | Família Vespertilionidae | Subfamília Vespertilioninae e Myotis nigricans
É a menor espécie encontrada em residências. Apresenta coloração parda avermelhada, sem apêndice nasal e sua cauda é contida na membrana interfemural. Alimentam-se de insetos e recebem esse nome por freqüentemente abrigarem-se em sótãos e telhados das residências.


MORCEGO-DE-FRUTA | Família Stenodermatinae e Artibeus lituratus
Coloração parda com duas listras brancas na cabeça, acima e abaixo dos olhos. Apresenta apêndice nasal. Alimentam-se de frutas e abrigam-se entre as folhagens das árvores.


MORCEGO-BEIJA-FLOR | Família Phyllostomidae | Subfamília Glossophaginae e Glossophaga soriciana


É de pequeno porte e sua coloração é parda. Apresentam apêndice nasal pequeno e em forma triangular e cauda ausente. Sua principal característica é a língua alongada e fina que auxilia a lamber as flores para extrair o néctar. Refugia-se entre as folhagens das árvores.

FALSO VAMPIRO | Família Phyllostomidae | Subfamília Phyllostominae e Phyllostomus hastatus
Apresenta apêndice nasal desenvolvido e em forma de lança ou espada, e focinho estreito. Possui cauda e sua coloração é negra. É onívoro, alimenta-se inclusive de néctar de flores, como o morcego-beija-flor. Refugia-se em ocos de árvores.

P. hastatus Colônia de P. hastatus

MORCEGO-DE-CAUDA-CURTA | Família Phyllostomidae | Subfamília Carollinae e Carollia perspicillata


Coloração variando entre marrom escuro e marrom avermelhado, com região ventral mais clara. Apresenta apêndice nasal pequeno e em formato de folha, e focinho curto. A cauda é pequena e inserida na membrana interfemural. Alimenta-se de frutas e insetos e refugia-se em ocos de árvores, cavernas, frestas em rochas, minas, aquedutos e construções.

MORCEGO-VAMPIRO | Família Phyllostomidae | Subfamília Desmodontinae e Desmodus rotundus


Alimentam-se exclusivamente de sangue. Possui apêndice nasal rudimentar, em formato discóide com sensores térmicos que permitem localizar a região mais vascularizada na pele da preza. Os dentes são adaptados para perfurar a pele da preza e abrir a ferida de forma indolor e, em sua saliva, também há presença de substância anticoagulante. Apresentam cor parda, com barriga e garganta mais claras. Outra característica própria do morcego-vampiro é a ausência de cauda e a adoção da posição quadrúpede para caminhar, saltar ou escalar. É rara sua ocorrência no meio urbano, geralmente vive em áreas com criações de animais, abriga-se em cavernas ou ocos de árvores.

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